domingo, 27 de fevereiro de 2011

Era da superficialidade sentimental



Vivemos num mundo em que as relações afetivas honestas não estão sendo valorizadas. A moda é ter muitos e não se envolver com nenhum. Carnaval se transforma num circo romano, onde o desrespeito à moral e ao amor próprio se espalham. Quatro dias de festa em que a intenção primeira é "pegar sem se apegar". De onde surgiu o medo do sentimento verdadeiro? Por que as pessoas se submetem a situações humilhantes, em que seus corações choram, mas elas fingem sorrir? Onde está a honestidade, o respeito ao próximo, o respeito a si mesmo? Temos que aceitar e dançar conforme a música? A promiscuidade virou rotina num mundo em que ciranças dançam músicas eróticas, músicas essas que igualam a mulher a uma máquina de prazer que deve ser descartada ao menor sinal de "defeito". Casais se desrespeitam, traem, homens e mulheres se relacionam com várias pessoas buscando suprir seus vazios interiores, suas frustrações, suas fraquezas. Magoam, mentem, e seguem a vida assim, envelhecem e não amadurecem. Então, olham para trás e percebem que o que viveram não os trouxe benefícios, não há do que se orgulhar. Falta a essas pessoas a conscientização de que a vida não se resume ao carnal, à matéria, e que tudo o que você faz hoje refletirá em consequências mais tarde. Há também os inseguros, que buscam no próximo a felicidade que não encontram em si mesmos. Falta o amor por si, o respeito por si, para que se chegue ao outro. Não precisamos nos submeter a situações constrangedoras, precisamos simplesmente entender que temos luz própria, e aquele que não a enxerga não está pronto para brilhar conosco. Ame-se, em primeiro lugar.

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