sábado, 15 de janeiro de 2011

A felicidade não é deste mundo



Sábias palavras que, em tão pouco, explicam tanta coisa. Jesus, tendo que ser direto e o mais simples possível para se fazer entender aos humanos daquela época, afirma que a felicidade não é deste mundo. Todos os dias, lutamos por ela, a procuramos, e não importa quão longe cheguemos, a felicidade parece que não vem completa. Não importa a classe social ou credo, não existe ser humano totalmente feliz. Não existe vida feita de felicidade. Mas por quê? Por que não temos o direito de ser felizes? Porque não possuímos o grau de evolução necessário para chegarmos nela. A felicidade não é deste mundo. A Terra não é o lugar próprio para isso, basta olhar para a vida lá fora. A justiça divina permite que passemos por planetas de provas e expiações, como este em que estamos, para aprendermos e "consertarmos" os erros cometidos em vivências passadas. Ainda somos muito imaturos em questão de sentimentos. Temos raiva com facilidade, ciúme, rancor, mágoa.. nos vingamos, maldizemos as pessoas que nos desagradam, xingamos por nada, e não somos muito agradecidos. Magoamos, temos dificuldade em perdoar, pensamos em nós muitos mais do que nos outros. E então você ainda se pergunta por que não podemos ser felizes? Não temos nem a  capacidade de nos fazer totalmente felizes, mantendo sentimentos tão pequenos dentro de nós. Mas Deus é justo, e nos dá a oportunidade de vivermos muitas vezes para que alcancemos a perfeição necessária para sermos realmente felizes... em outro lugar que não é a Terra, ainda.

Seres HUMANOS


A tragédia no Rio me faz pensar em como nós, todos os dias, damos valor a coisas pequenas, efêmeras. Me faz refletir sobre as reais riquezas da vida, e como o ser humano, muitas vezes alvo de críticas por todas as suas fraquezas, consegue, nestes momentos, expor a chama divina que existe no espírito de cada um. Consegue mostrá-la através do amor ao próximo por se sensibilizar com as histórias de vidas tão tristemente abaladas.
Me faz rever os conceitos que temos sobre os reais caminhos para a felicidade. Tem os que defendam o sucesso profissional, carreira ilustre, dinheiro.. de que vale tudo isso, quando nos deparamos com situações tão inesperadas? Quando nem todo o dinheiro que alguém possui pode trazer a paz que aquela alma necessita em momentos de aflição extrema? O que realmente é importante? O que verdadeiramente temos que valorizar? Vale a pena trabalhar 12 horas por dia para dar ao seu filho a chance de ter um futuro promissor, e sequer fazer parte do crescimento dele por falta de tempo? Situações tão tristes como essa forçosamente nos fazem parar por alguns instantes para pensarmos sobre tudo o que reclamamos, e como não estamos sofrendo nada em comparação a essas vítimas. Nestes momentos, se agradece pela saúde que não se perdeu, pela casa que, mesmo não sendo a dos seus sonhos, é o que te conforta e continua intacta, que a família, apesar de não ser perfeita, está viva e bem. 
Por hoje, agradeçamos por estarmos vivos e salvos. Por hoje, não reclamemos da conta atrasada, do vizinho inoportuno, do carro que vive quebrando. Por hoje e por todos os dias de nossas vidas, ajudemos aos nossos irmãos, aos irmãos que não conhecemos, mas que certamente serão eternamente gratos pelo amor demonstrado por nós.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Ciúme..prova de amor?

       Esta semana terminei de ler o livro Ninguém é de Ninguém, de Zibia Gasparetto. Confesso que é a primeira obra espírita que consigo terminar, e me chamou bastante atenção. O tema em si já é polêmico, e há aqueles que defendem o ciúme como prova de amor. Nunca fui muito a favor deste sentimento que, inevitavelmente acabamos por sentir mais cedo ou mais tarde. Porém, com a leitura,pude observar como ele pode ser destrutivo.
        A história inicia com a descrição da vida de um casal, Roberto e Gabriella. Possuem filhos; o marido conseguiu construir bom patrimônio através de muito trabalho, e a esposa, mesmo sem precisar, trabalha por realização própria. O ciúme sempre foi uma constante na mente e na alma de Roberto, que não gostava de ver sua esposa rodeada de homens no trabalho, se expondo fora de casa. Porém, sempre manteve este sentimento calado em seu peito, até que a vida se encarrega de colocá-lo à prova.
        Sentir ciúme é uma realidade na vida humana, e esse sentimento é uma amostra das fraquezas e falhas de nossas almas que ainda não sabem o que é amar incondicionalmente. Na verdade, precisamos saber qual o verdadeiro sentido de amar. Querer ter poder sobre o outro, manipulá-lo, é isso que significa amar? Até onde confiamos? Por que não conseguimos confiar? Mais uma vez, é necessário olhar para dentro de si. O ciúme revela a insegurança, a imaturidade daquele que o possui. Ele tem o poder de distorcer falas, de transtornar as vidas que estão envolvidas. Sufoca, machuca, cria situações que não existem. Assim como no título do livro, ninguém é de ninguém. Não se pode mandar nos sentimentos dos outros, e a melhor parte de se estar com alguém é saber que este alguém está com você voluntariamente.
           A outra parte da história é aquela que não podemos ver. Ao alimentar esse tipo de sentimento, estamos entrando em sintonia e abrindo portas para influências inferiores que nos atrapalham a vida, nos tiram do eixo e podem levar a situações extremas. Por isso, antes de entrar de cabeça no mundo da desconfiança, veja o que isso causa dentro de você, e como essa energia negativa que você emana pode trazer sérias consequências para sua vida e para a vida da pessoa envolvida.